I'm never over
over you
something about you
It's just the way you move
the way you move me
O Natal em Nova York é realmente mágico, em especial no uptown. O ar cheira a neve caindo, a lenha queimando e a bolos assando. Das coberturas, o Central Park parece um reino encantado de prata, a ParkAvenue é um desfile de luzes de Natal e o tamanho da árvore do Rockefeller Center parece prometer que este será o Natal mais maravilhoso de todos - embora a maioria vá estar bebendo champagne demais para perceber.
Ao longo da Quinta Avenida, todas as vitrines das lojas de departamentos estão decoradas para as festas e todas as meninas que saem para fazer compras usam lindos casacos de cashmere azul-celeste Marc Jacobs que compraram em outubro e mal viam a hora de usar. E à noite todos saem para curtir, curtir, curtir.
Então, pegue teu vestido drapeado de cetim preto Prada, os sapatos de salto agulha de puro acrílico Christian Louboutin, a bolsa Hermes Birkin laranja, o cara mais lindinho que conheceu e vem comigo!
O natal esse ano, vai ser em Fortaleza mesmo. E eu juro, ANDA PROMETENDO! :)
Eu me divirto quando dá, choro quando sinto, e desisto quando devo.
Eu não sei o que leva alguém a tamanha exposição e vulnerabilidade.
Enquanto eu pulo de bungee-jump sem checar previamente a segurança, ele só observa e reza pra Deus cuidar bem de mim. Porque já foram tantas vezes, tantas dores, tantas fraturas expostas esperando uma longa cicatrização... que eu nem sei. Nem sei se adianta tentar me induzir a algum pensamento cauteloso também.
Sabe.. Ninguém saberia dizer o fim da cena. Mas eu apostaria numa ironia, matéria-prima de toda história que é bem-vivida. Eu cruzaria os dedos por ela, aflita por querer induzir cada segundo do teu tempo em uma nova oportunidade. Esperaria tranqüila, pelos antigos conhecimentos de causa e conseqüência, sem negar a constante expectativa.
E por mais que existisse o medo, por mais que existisse ontem, por mais que existisse a certeza do avião, não haveria nada que me pudesse ter roubado todo o encanto.
Eu disse: NADA.
E se eu descrevesse um lugar, uma paisagem qualquer. Algum lugar que lhe parecesse agradável. Um lago, um bosque talvez. Tu conseguirias imaginar? E se eu falasse dos sons dos pássaros? Das folhas caindo ou do silêncio do vento, tu conseguirias ouvir? E se eu falasse que tudo isso está perto, tu acreditarias? No que tu queres acreditar? Eu posso te mostrar os caminhos mais bonitos. Eu posso enfeitar teu jardim de flores. Posso te contar o segredo das coisas e, como antes, te mostrar como elas funcionam. Eu posso ser o que tu precisas. Eu posso precisar de ti algumas vezes. Eu posso ser a razão. Eu posso simplesmente ser nada e para teus olhos, ser tudo. No que tu queres acreditar? No que existe, no que tu achas que existe ou no que eu digo? São escolhas. O que tu és depende disso: escolhas.
Então escolha um lugar calmo. Uma ponte abandonada sobre um rio quase imóvel. Não há vida, não há nada nem ninguém. Só tu e o lugar que escolhestes. Já é quase noite e tu sentes o frio. A tristeza dessa cena em minha imaginação denuncia uma espera. Mas por que espero? Quem será o próximo a atravessar o rio sem balançar a ponte? Sem me fazer ter medo de cair? Quem será o próximo a acreditar que é possível chegar do outro lado? Tu acreditas? Então feche os olhos e imagine...
Onde tu gostarias de estar agora? Me diga! Seja sincero.
Depois abra e se pergunte o porque de as coisas não serem como devem ser. Sofra por alguns instantes e depois perceba que elas também não são assim pra ninguém..
E se você aprendeu alguma coisa com tudo isso, me diga: qual é a importância de um sonho?
Tu não precisavas ser assim simpático. Não precisava ter esse jeito de falar. Não precisava ser tão carente. Não precisava saber meu nome, nem se aproximar tanto, nem existir tanto. Tu não precisavas estar ali. Mas tu és, fala, se aproxima, existe, e me olha de um jeito.. Tão intenso que não precisava. Tão suficiente que não precisava.
E eu me sinto a idiota de sempre. Eu faço dos meus sonhos, meus maiores pecados. Eu vi algo de mim em ti e mesmo sabendo que não posso, não devo, não ousaria, e NÃO PRECISAVA, mergulho. E nado em ti por todo o tempo. Porque o tempo, apesar de precisar, já não existe. De repente me instiga, me sufoca, me chama. De repente, deixa o mundo existir outra vez.
De repente tu estais lá, nadando num mar distante do meu. Vivendo uma história que não é a minha. Existindo em mais lugares do que supõe.
É... não precisava.
Sim, um brinquedo. Usar, pra alimentar vontades momentâneas depois largar quebrada em algum lugar. Infantilidade. Criança, é isso que é. Enquanto tento entender o que sou, tu brincas de ser e se diverte. E é mais feliz que eu. E não tem com o que se preocupar. E não se preocupa. Crianças não se preocupam.
Então espera. Espera, porque um dia tu vais precisar ser forte. Espera, porque um dia tu vais precisar crescer. Espera, as coisas mudam. Quem está no topo do mundo nem imagina como é chegar ao chão. Eu sei. E o que pode ser pior? Devo esperar? Esperar o que de ti?
Tu não entenderias. Espero que um dia entenda.. Não perco tempo me preocupando com pequenas coisas. Ironia. A menor coisa de todas, aquela que tem menos importância, é a que mais me fere. Tu. E o que podia ser pior? Deve ser exatamente assim que os brinquedos se sentem quando as pilhas acabam.
A minha pilha acabou, pode parar de brincar comigo agora.
*esse é velho, e de muitos significados.
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