quarta-feira, 24 de outubro de 2007

não precisa fazer sentido



Eu não pedi a Deus pra que tu aparecesses. Também não pedi pra não aparecer. Mas não precisava ser assim, ser agora, ser no meio de tantas situações.
Finalmente, quando eu podia enxergar nitidamente o mundo, tu te colocas entre mim e ele. E de repente, não resta mais NADA. De repente, tu és a janela. De repente, dúvida vira constatação. Tão de repente que não precisava.


Tu não precisavas ser assim simpático. Não precisava ter esse jeito de falar. Não precisava ser tão carente. Não precisava saber meu nome, nem se aproximar tanto, nem existir tanto. Tu não precisavas estar ali. Mas tu és, fala, se aproxima, existe, e me olha de um jeito.. Tão intenso que não precisava. Tão suficiente que não precisava.


E eu me sinto a idiota de sempre. Eu faço dos meus sonhos, meus maiores pecados. Eu vi algo de mim em ti e mesmo sabendo que não posso, não devo, não ousaria, e NÃO PRECISAVA, mergulho. E nado em ti por todo o tempo. Porque o tempo, apesar de precisar, já não existe. De repente me instiga, me sufoca, me chama. De repente, deixa o mundo existir outra vez.


De repente tu estais lá, nadando num mar distante do meu. Vivendo uma história que não é a minha. Existindo em mais lugares do que supõe.


É... não precisava.

2 comentários on "não precisa fazer sentido"

bel. on 24 de outubro de 2007 às 18:11 disse...

não precisava, mas faz. né?

jacques on 26 de outubro de 2007 às 08:10 disse...

=~~~~~~

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