quinta-feira, 31 de julho de 2008

carta aberta.

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to". nath andrade"
dateMon, Jul 21, 2008 at 7:12 PM
subjectandrade!
mailed-bygmail.com

hide details Jul 21 (10 days ago)
Reply

We have a house in Jersey. We have two kids, Ashley and Pedro. Ashley's not much of a violin player, but she tries real hard. She's a little precocious, but that's only because she says what's on her mind. And when she smiles... And Pedro, he has your eyes. He doesn't say much, but we know he's smart. He's always got his eyes open, he's always watching us. Sometimes you can look at him and you just know he's learning something new. It's like witnessing a miracle. The house is a mess but it's ours. After 17 more payments, it's going to be ours. And you, you're a non-profit businesswoman. That's right, you're completely non-profit, but that doesn't seem to bother you. And we're in love. After 17 years of marriage we're still unbelievably in love. You won't even let me touch you until I've said it. I sing to you. Not all the time, but definitely on special occasions. We've dealt with our share of surprises and made a lot of sacrifices but we've stayed together.

You see, you're a better person than I am. And it made me a better person to be around you. I don't know, maybe it was just all a dream. Maybe I went to bed one lonely night in July and I imagined it all. But I swear, nothing has ever felt more real. And if i get on that plane tomorrow, maybe it'll disappear forever. I know we could both go on with our lives and we'd both be fine, but I've seen what we could be like together. And I choose us.

I still believe that we could grow old together in this house. That we'll spend holidays here and have our grandchildren come visit us here. I had this image of us, all grey and wrinkly, and you working in the garden and me re-painting the deck. But things may change.
I need this, Andrade. I'll do that because I love us. I love you, and that's more important to me than surgeries, I choose us.





Reli teu email. Ele me fez chorar a madrugada toda.
Eu gosto dos detalhes. Tão meus.

A verdade, é que eu quero que tu fique bom logo, me tire dessa agonia logo, e venha logo pra gente se amar e odiar na mesma freqüência.

Eu te amo.
And i? I choose us.


ps: o cd do Paramore, o All we know is falling, virou trilha de tudo-tudo-tudo por enquanto. A promessa é que quando tudo passar, ele será lindamente deletado de Doroty. Tu vai gostar de saber disso. :D












ainda as mensagens.

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"cheguei. tava escutando butterfly e lembrei q vc eh real. e isso eh maravilhoso. boa noite."


Um brinde a nós dois, porque somos reais, então.




kiss me with your eyelashes tonight
or eskimo your nose real close to mine
and let’s mood the lights
and finally make it right.




quarta-feira, 30 de julho de 2008

msgs de celular na madrugada.

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"to longe, nem gosto." - ele.

"pois volta." - ela.


start spreading the news.

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Isso tudo que aconteceu mais cedo, pode parecer estranho pra nós dois! Mas é exatamente por isso, que eu te falo que é amor. Não existe amor universal, o que existe é essa característica nossa, que quando se junta, torna tudo isso pessoal e instransferível.

Adoro ainda manter os nosso códigos.
E que fique claro aqui que eu não quero nunca mais me ocupar de outra coisa que não seja tua, minha, do nosso segredo.


Hoje enfim, vou dormir protegida.

segunda-feira, 28 de julho de 2008

mas que fim-de-semana?

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sexta: i was just a cosmic girl.
sábado: tão bom, tão simples. enxerguei de novo as cores. Estar dentro do meu mundo e da minha história me deu uma ótima sensação de paz, tudo deu certo. Eu sabia.
domingo: o que importou foi o vinte e dois. que entre indas, outros números, e vindas, nos reencontramos, e nos completamos. essas brincadeiras de se completar por uma noite, sabe?








E o fim-de-semana de vocês? Como foi?


domingo, 27 de julho de 2008

"O" reencontro.

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Era numa mesa bonita, as luzes insistiam, os barulhos não faziam diferença. Eu sabia que estava sendo amada, talvez como nunca na minha vida.
Por toda a minha vida. Mas eu só tinha olhos para os pêlos do teu braço. Eu olhava como quem não olha, e pensava comigo: "olha eles lá, olha lá os pêlos que eu tanto amo sem mais, e sem fim!" Matei finalmente a saudade da tua mão. A mão meio larga, meio torta, com as unhas bem cortadas. Eu amo a tua mão delicada que sai de um braço firme. Amo toda a tua mão.

Acho que é isso mesmo: eu amo você. Amo de todas as maneiras possíveis. Sem essa pressa louca, como se só saber que tu existes me bastasse. Como se só existisse tu no mundo. É um amor sem idade. Isso porque, a mesma vontade que eu tenho de te comer no banheiro, eu tenho de passear de mãos dadas contigo no calçadão empurrando nossos bisnetos. Tá vendo? Sem pressa.

Eu te amo até sem amor. Como se isso tudo fosse tão grande, tão grande, tão absurdo, que quase não é. Eu te amo de um jeito tão impossível que é como se eu nem te amasse. E é exatamente aí que eu desencano desse amor, de tanto que eu encano. Ninguém acredita na gente. Nenhum cartomante, nenhum pai de santo, nenhuma terapeuta, nenhum parente, nenhum email, nenhuma mensagem de texto, nenhum rastro, nenhuma reza, nenhuma fofoca, pouquíssimos amigos.

Mas eu te amo também do modo mais ÓBVIO de todos: eu te amo burra! Estúpida! Ridícula! Cega!!! E eu ainda acredito na gente. Eu acredito que ainda vou topar naquele desvio da tua rua, naquelas pocinhas da tua rua, naquelas florzinhas amarelas da tua rua, naquele climinha de família bacana e limpinha da tua rua. Só Deus sabe como eu queria dobrar aquela "nossa" esquininha contigo, de mãos dadas, rumo à nossa felicidade matinal-diária.

Sabe.. outro dia, me peguei pensando que entre dobrar aquela esquininha da tua rua, e ganhar na megasena acumulada, eu preferia a esquininha. A esquininha que tu dobrastes a vida inteira, indo pra escola, pra faculdade, pros nossos encontros das manhãs, indo pra casa dos teus amigos. Eu amo a tua vida, e eu amo tudo que é teu.

Amo você, mesmo sem nos amar. Amo teus surtos em me devorar com os olhos, e ando amando o nada que vem depois disso. Amo teu nada, só porque teu nada também é teu.

Amo tanto, tanto, tanto, que te deixo em paz. Me deixo em paz.

NOS DEIXO EM PAZ.

Te deixo se virando sozinho, se dobrando sozinho. Virando e dobrando a tua enquininha.




:*


sábado, 26 de julho de 2008

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i'm not ready to fail.

:)

quinta-feira, 24 de julho de 2008

depois de mais de um ano...

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Deixa eu te contar o que aconteceu comigo nessa madrugada:
voltei a escutar John Mayer.
Fui na janela.
Fechei o olho.
E mandei um beijo pra ti.



Pronto! Agora posso ir dormir.


sete dias.

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ô menina nanda!
ô menina nanda!
ô menina nanda!
a gente tem saudades.



quarta-feira, 23 de julho de 2008

é preciso encontrar logo o caminho do gol.

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Tu já parou pra pensar quanto tempo a gente perde na vida?

Demoramos pra entender certas coisas. Demoramos pra dar o braço a torcer. Viramos adolescentes teimosos e dramáticos. E levamos um século para aceitar o fim de uma relação. E outro século para abrir a guarda para um novo amor. Quando, já adultos, demoramos para dizer a alguém o que sentimos. Demoramos para perdoar um amigo. (...)

Tudo o que a gente quer, depois de uma certa idade, é ir direto ao assunto. Sem muita frescura, sem muito desgaste, sem muito discurso. Excluindo o sexo, onde a rapidez não é legal, pra todo o resto é melhor criar um atalho. Dizem que isso a gente só alcança com alguma vivência e maturidade. Pessoas experientes já não cozinham em banho maria. Não esperam sentadas, não ficam dando voltas e voltas.
E não necessitam percorrer todos os estágios. Queimam etapas. Não desperdiçam mais nada.

Uma pessoa é sempre chata contigo? Não é obrigatório conviver com ela.
O cara está enrolando muito? Beije-o primeiro e veja se ele, realmente, interessa e transmite algum sentimento.
A resposta do emprego ainda não veio? Procure outro enquanto espera.

Paciência só para o que importa de verdade.
Paciência para a música e para os livros.
Paciência para escutar um amigo.
Paciência para aquilo que vale nossa dedicação.

Pra enrolação, um atalho.
O maior possível!

E só aí a gente descobre que o nosso tempo não pode continuar sendo desperdiçado.




___


"Torna-te quem tu és", disse o filósofo. Tá ai, o meu empurrão. :*


segunda-feira, 21 de julho de 2008

pra tudo, tem um começo.

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Existem livros que carregam histórias consigo, histórias que não estão em suas páginas mas que são contadas por causa delas. Uma enciclopédia, um gibi, um jornal que desencadeia um romance curto, um conto longo, um casamento ou uma separação. Poucos são ambas as coisas e eu tive a sorte de ter três dessas conjunções – até agora – na minha vida.
Esse é o primeiro deles.

Não vou ficar desfiando a trama de Oskar e da busca
dele por uma chave achada dentro de um jarro e da família partida que se reencontra. Não. Deixo aqui a recomendação de um dos melhores livros escritos atualmente e um dos melhores que já li na minha vida. Sobre esse livro, eu prefiro contar as rápidas histórias que vivi com ele.




Estava em casa, sentindo falta do meu namorado, e recebo uma mensagem no celular: "nath! compra o Extremamente alto, do Jonathan Safran Foer. AGORA!!". Como uma boa moça obediente, no outro dia estava na cadeira da faculdade lendo, chegando à gargalhar loucamente e molhar o caderno com lágrimas em plena aula.

Tudo nesse blog, são referências do livro. Book of feelings, é o livrinho de sentimentos onde palavras ganham destaque ao humor do dia. Guardado entre a cama e a parede, um grande segredo. Start spreading the news, é escrito pelo avô.

Depois, indiquei pra minha amiga Natalia. Porque ela, mais do que ninguém, ia entender as belezas, os encantamentos, e tudo mais do livro. Virou nosso segredo literário. Em troca, recebi inúmeras tardes de milk shake programando uma visita ao Upper West Side.

Eu o dei de presente pra uma grande amiga. Flávia, minha flor. O meu preferido, tinha que passar pela mão de uma das minhas preferidas. Demorou pra ler, mas nada apaga da minha memória, quando a leitura foi encerrada. Foi preciso conforto, e carinho. E uma amizade sem tamanho. Eu tava lá.


Hoje, penso em entregar o meu próprio livro (todo grifado) pra uma pessoa linda, especial e que ganhou meu coração. Enquanto ainda não é certo, ele fica olhando pra mim da minha mesa, e eu sei que tem um amigo ali dentro, de nove anos, chamado Oskar.



***
Trecho do livro Extremamente alto & incrivelmente perto, pág. 81, 82.

Na noite em que decidi que encontrar a fechadura era a maior de minhas raisons d’être – a raison que comandava todas as outras raisons -, tive uma vontade imensa de escutá-lo.

Fui extremamente cuidadoso para não fazer nenhum ruído enquanto retirava o telefone de todas as suas proteções. Mesmo com o volume bem baixo para que a voz do Pai não acordasse a Mãe, ele preenchia o quarto como uma luz preenche um quarto mesmo na penumbra.

Mensagem dois. 9h12 da manhã. Sou eu de novo. Você está aí? Alô? Desculpe se. Está ficando um pouco. Enfumaçado. Esperava que houvesse alguém. Em. Casa. Não sei se estão sabendo o que aconteceu. Mas. Eu. Só queria que soubessem que estou OK. Tudo. Está. Bem. Quando ouvirem esta mensagem, liguem pra Vó. Digam pra ela que está tudo bem. Ligo de novo em alguns minutos. Se tudo der certo os bombeiros estarão. Aqui em cima até lá. Eu ligo.

Enrolei de novo o telefone no cachecol inacabado, depois coloquei o cachecol de volta na sacola, e a sacola na caixa, e a caixa na outra caixa e tudo isso no armário, debaixo de um monte de tranqueiras.

Fiquei olhando para as estrelas de mentirinha por uma infinidade de tempo.

Inventei.

Fiz um roxo em mim mesmo.

Inventei.

Saí da cama, fui até a janela e peguei o walkie-talkie. Vó? Vó, está me ouvindo? Vó? Vó? Oskar? Estou bem. Câmbio. É tarde. O que aconteceu? Câmbio. Acordei você? Câmbio. Não. Câmbio. O que estava fazendo? Câmbio. Estava conversando com o inquilino. Câmbio. Ele ainda está acordado? Câmbio. A Mãe me disse para não fazer perguntas sobre o inquilino, mas muitas vezes eu não conseguia evitar. Sim, disse a Vó, mas ele acabou de ir embora. Tinha umas pendências para resolver. Câmbio. Mas são 4h12 da manhã. Câmbio



domingo, 20 de julho de 2008

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.


Com a tua ligação, sempre vem o meu melhor sorriso.



sexta-feira, 18 de julho de 2008

pra mim, tu é um quase.

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f,

Eu achei que quando passasse o tempo, eu achei que quando eu finalmente te visse tão livre, tão forte, e tão indiferente, eu achei estupidamente que quando eu sentisse o fim, eu achei que passaria. Não, meu bem. Não passa nunca (mas quase passa todos os dias)! Sofrer deixou de ser algo maior do que eu e passou a ser um pontinho ali, no mesmo lugar, incomodando a cada segundo, e me lembrando o tempo todo que aquele pontinho é um resto, um quase não-pontinho.

Tu, que já fostes tudo e mais um pouco, é agora um QUASE! Exatamente! Porque um quase não me deixa ser inteira em nada, plena em nada, tranquila em nada, feliz em nada. Todos os dias eu quase te ligo, eu quase consigo ser leve e dizer: "ei, não quer vir me ver hoje?". Eu quase consigo te tratar como nada. Mas aí quase desisto de tudo, quase ignoro tudo, quase consigo, sem nenhuma ansiedade, terminar o dia tendo a certeza de que só é mais um dia com um restinho de quase, e que um restinho de quase, uma hora, se Deus quiser, vira NADA!

Eu quase consegui te amar exatamente como tu eras. QUASE. E é justamente por eu nunca ter sido inteira pra ti que meu fim de amor também não consegue ser inteiro.

Eu quase não te amo mais, eu quase não te odeio, eu quase não odeio aquela foto com aquelas meninas, eu quase não morro com a tua ausência, eu quase não escrevo nada disso.

O problema é que todo o resto de mim que sobra, tirando o que quase sou, não sei quem é.

N.



quinta-feira, 17 de julho de 2008

i want to go out the door...

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and find Oskar, give him a hug
and tell him that "It's OK".....



({felizdia17})


quarta-feira, 16 de julho de 2008

16 de julho de 2008, 19:37.

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Tudo com o que eu me importo, ME IMPORTA MUITO. Me suga, me leva, me atrai, se funde com tudo o que sou e me consome. Toda. Por inteiro.



Sorte minha me doar tanto - e com tal intensidade - e ainda sair viva dessa vida.






_

terça-feira, 15 de julho de 2008

faxina na alma.

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Conclusão:

Eu cresci. Por dentro e por fora. Eu cresci! Sou gente grande, como se diz por aí. E o mundo à minha volta, à nossa volta, virou aldeia, somos todos vizinhos, todos vivendo apertados, financeira e emocionalmente falando.




Antes de colocar a poeira pra fora da casa, a faxina me trouxe uma saudade de uma alegria descomunal, de uma esperança gigantesca, de uma confiança do tamanho do futuro - quando o futuro também era infinito à minha frente.

É exatamente nessa hora que eu penso: é, eu cresci!








sábado, 12 de julho de 2008

ordem do dia: respire!

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Testar nossa resistência é uma maneira de avaliar o quanto estamos preparados para as adversidades da vida. Em algumas poucas ocasiões a gente tem que passar um tempo sem respirar. Mas serão muitas, mas muitas ocasiões que teremos que testar nossa resistência aos problemas cotidianos.


Vejas se me entende. Quando eu era pequena, eu brincava de quanto se aguenta ficar embaixo d'água sem respirar. Hoje, já grandinha, vejo que a gente nem precisa de piscina pra fazer esse teste, mas eu era uma criança, era imaginativa, era uma mergulhadora profissional em um mar cheio de tubarões.

Serão mais do que segundos, mais do que minutos ou horas trancando a respiração, lutando para não explodir. Algumas frustrações que a vida te presenteia levam dias ou meses para serem elaboradas dentro de nós. As coisas quase nunca saem como planejamos, há sempre o elemento surpresa, que coloca uma pedra no caminhos dos nossos sonhos. É preciso muito pulmão para respirar fundo e muuuuuuita cabeça fria para não botar tudo a perder.

A gente manda um e-mail romantico e lindissimo e recebe uma resposta fria (gostei, obrigado!). A gente combina de viajar no feriadão, e de última hora, aparece um imprevisto em casa. A gente economiza anos para viajar pra Europa, e quando está quase comprando a passagem, tu recebe uma proposta linda de emprego. E as frustrações de amor? Uma atrás da outra, né? Parece que ninguém reage como a gente espera. Os que não tem muita resistência, saem atropelando, cortando relações. Já os mais resistentes sabem que nada é tão sério nesta vida, a não ser a própria vida, e tratam de aproveitá-la com mais serenidade e paciência.

Contam até três, até dez, até dezessete e CHEGA de autoflagelação: voltam a respirar.


Qual o teu time? Se afoga ou ganha medalha?



__

ps: uma das minhas paixões, é entrar na Siciliano, sentir aquele cheirinho de café e sair com sacolas cheias de livros. Hoje, eu comprei um. Se chama: I'm in no mood for love. Quem me conhece sabe, que não tem nada a ver comigo, afinal i'm always in mood for love. Por isso mesmo que comprei! Quero tapas na minha cara, e minha opinião espetada na parede!


quinta-feira, 10 de julho de 2008

um trato!

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Costumo dizer por aí que mantenho meus pés no chão, que não sou de delirar, essas coisas. Pés no chão, pés no chão. Sempre falo isso com aquele orgulho e ao mesmo tempo, estranhamento. O orgulho, eu até entendo, afinal pés no chão é uma metáfora para a lucidez. Agora o estranhamento eu compreendi a pouco tempo, quando li uns versos do Tor Age Bringsvaerd: quem mantém os dois pés no chão, não sai do lugar.


TÁ AI EXATAMENTE O QUE ME INCOMODAVA!!!

Desde ler as palavras de Tor, fico me perguntando o que porra meus dois pés no chão tem me trazido de bom. Os pés no chão, por incrível que pareça, me fizeram reconhecer minhas limitações e não criar expectativas surreais em relação a absolutamente nada. Trouxeram a conciência de que não sou melhor, nem pior do que ninguém (faço o que posso!). Me fizeram desenvolver um olho clínico para detectar arrogantes e toda a espécie de gente exibicionista, e que me causam sem parar um verdadeiro tédio. É o que trouxeram meus dois pés no chão, tanto o esquerdo, quanto o direito. Agora, o que eles podem me tirar é o que me assusta.

Não tenho a menor vocação para a permanência eterna, para nada eterno. Não mais. Tinha a anos atrás, quando não fazia idéia de que estar em movimento não era sinônimo de indecisão, e sim de esperteza. Não importa a direção que tu vai seguir, o que importa é a troca de paisagem. A nova vista! O novo ângulo! As coisas que a gente não enxergava antes, quando estava totalmente parado. O tal do "não sei" pode, sem querer, nos apontar um caminho bem massa!

Tirando os pés do chão, volto a sonhar, já que eu havia trocado sonhos por objetivos. Já não fico mais com medo que flutuar me faça cometer bobagens. Vai ver é de bobagens mesmo que eu ando precisando.

Mas não adianta! Vou manter mesmo meus pés no chão, até porque, delirar o tempo todo não é possível. Não quando se tem responsabilidades a cumprir. O orgulho da conciência ainda habita em mim. Mas acontece que ficar cravada no solo, pra sempre, NÃO DÁ! Não mais! Como diz o norueguês, não se vai a lugar algum.

Então façamos um trato!
Que eu me desloque ao menos em pensamentos, em vertigens mentais, em piruetas dignas de artistas do cirque du soleil que me façam pousar metros na frente: lá onde se consegue olhar pra trás e descobrir o bem que fizemos ao mudar.

Feito?




___

ps: Ontem recebi o cd lindo de uma banda chamada One less reason. Quem se interessar, entra aí no myspace deles, que é bem bonito mesmo.

ps2: Registro aqui, os parabéns pra minha adorável Bel, que é a melhor jornalista da Unifor. Eu já sabia! Eu já sabia...


quarta-feira, 9 de julho de 2008

as três coisas!

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Me chamem de louca, mas eu possuo uma coisa muito clara na minha cabeça: o amor necessita apenas de três coisas! Essas três são: correspondência, felicidade e desejo físico.

Ou seja, se alguém retribui teu sentimento, se ambos se sentem felizes na companhia um do outro, e se o sexo é fenomenal, nada mais deveria importar. Por nada entenda-se: não deveria importar se o outro sente atração por outra pessoa, se o outro gosta às vezes de ficar sozinho, se o outro tem prioridades diferentes das tuas, se o outro é mais novo ou mais velho, bonito ou feio, se vive em outro país ou no mesmo apartamento e quantas vezes lembra de ti (e telefona) por dia.


Sejamos óbvios. Tempo, pensamento, fantasia, libido e energia são solteiros, e MORRERÃO SOLTEIROS (mesmo contra nossa vontade). Não podemos lutar contra a independência das coisas, meus amores. Papéis assinados e alianças de ouro não nos casam. O amor é, e SEMPRE SERÁ, autônomo. Bem fácil de escrever, bonito de imaginar, mas bastante difícil de realizar. Amor se captura, se domestica, e se guarda no melhor canto da casa.





ps: esse post é dedicado ao Pedrinho, ao nosso encontro inesperado na calçada movimentada das noites de terça em Fortaleza, e às conversas cabeças regadas a coquetéis meia boca de morango. :)



terça-feira, 8 de julho de 2008

running in circles.

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Sábado foi um dia curioso na cidade solar. Estava eu em uma festa, e comecei a pensar que metade daquele pessoal (olha que eram MUITAS pessoas) sofriam de dor-de-cotovelo. Alguns trazem dores recentes, outros trazem uma dor de anos. Comecei a acreditar que as pessoas não gastam seu amor. É, exatamente isso. Os amores que ficam nos rodeando igual fantasma, não foram amores consumidos até o fim. Afinal, não seja mais bobinho, tu sabes que o amor acaba.

Posso dizer na sua cara que é mentira dizeres que não. Uns acabam cedo, outros levam 10 ou 17 anos pra chegar ao fim.
Sábado, eu aprendi que o amor tem que ser vivenciado. Essa coisa de amor platônico (alguém sabe por que tem esse nome?) funciona muito bem em novela, mas meu caro, na vida real demanda muito mais energia (sem falar que ninguém tem mais tempo pra esperar). E tem que ser vivido por inteiro. E para isso, é preciso que se passe por todas as etapas: atração, paixão, amor, convivência, amizade, tédio, fim.

Não que eu seja a bruxa má dos contos de fadas, como eu disse, este caminho pode ser percorriso em algumas semanas ou muitos, mas muitos anos. O que é fundamental é que se usufrua de ponta a ponta. Sabe por que? Porque pode sobrar espaços para as fantasias, idealizações, enfim, tudo o que estanca a vida.

Pensa bem! Se o amor for interrompido sem chegar no Castelo de Oz, ficamos imaginando as inúmeras possibilidades de continuidade, tudo que a gente poderia ter dito, e não disse. Tudo que a gente poderia ter feito, e não fez.

Sério!! Gaste teu amor! Aproveite-o até o fim!! Enfrente de cabeça erguida os bons e maus momentos, passe por tudo que tiver que passar, não se economize por um segundo sequer. Sinta todos os sabores que o amor anda te ofertando, desde o docinho do início até o azedo do fim, mas não, NÃO saia da história pela metade.

Amores precisam dar a volta ao redor de si mesmo, fechando o próprio ciclo. É isso jovens, que libera a gente pra ser feliz de novo.



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