sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

o dia em que eu ri da cara dele.



Qual era o nome do livro dele?
Não me lembro o nome. Ele costumava falar sobre o livro toda hora. Contava histórias do livro pra me fazer dormir.
Sobre o que é o livro?
É sobre o amor.
Todos eles são sobre o amor.


Depois desse diálogo, eu fiquei pensando, e percebi como eu esqueço que milhões de pequenos gestos são maneiras de amar. Beijos e abraços às vezes são provas mais de desejo que de amor, certo? Certo. Mas há diversos outros amores podendo ser demonstrados com toques mais sutis, e até mais reais. Cafuné, por exemplo.

Flores colhidas na calçada, flores compradas, flores feitas de papel, desenhadas, entregues em datas nada especiais.

lembrei de você.

Um telefonema pra saber da saúde, uma carona oferecida, um elogio (sempre eles), um livro emprestado, uma carta respondida, um cartão de natal, aquele cuidado extra-curricular de não magoar, uma foto na parede (ou do lado da cama, ou ao alcance dos olhos), um presente bem guardado, compartilhar um segredo, sentar na mesa e pedir minha fanta uva - sem gelo - porque sabe que eu gosto, levar o cachorro pra passear, ouvir os velhos, ouvir as crianças, ouvir os parentes, ouvir os amigos, ouvir. Rezar por alguém, vestir roupa nova pra homenagear, ajudar a trocar o curtaivo, dançar junto, cobrir do frio...


Acho que passamos no teste, e podemos assim escrever mais um livro pra enfeitar a prateleira da Siciliano.


Sobre nós?

Não.
Sobre nós?
Não.
Sobre o que?
Sobre o amor.
Ah! Então é sobre nós.
Tá.



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